O
Ministério Público Federal no Distrito Federal denunciou à Justiça
Márcia de Fátima Pereira e Silva, servidora do Tribunal Regional do
Trabalho da 10ª região, em Brasília. Ela confessou ter desviado
pelo menos R$ 5,5 milhões de contas judiciais somente em 2011.

De
acordo com a denúncia, entre janeiro e novembro de 2011, Márcia
realizou 95 transferências irregulares de contas judiciais para
terceiros, especialmente familiares. Desde 2006, a servidora era
responsável pela movimentação de contas judiciais --aquelas onde
são depositadas indenizações determinadas pela Justiça
trabalhista. Nessa posição, confeccionava e expedia ofícios falsos
em que determinava as transferências
Consta
da denúncia que José Ailton da Conceição, companheiro da
servidora, participou diretamente da fraude em pelo menos 39
transações, recebendo R$ 3,3 milhões. Ele aparecia como procurador
das partes e até perito. A mãe da servidora agiu da mesma forma em
dez oportunidades, enquanto o irmão de Márcia recebeu o dinheiro
desviado em duas ocasiões.
"Por
integrarem núcleo familiar coeso, por terem recebido valores
vultosos e por terem se valido de ao menos parte dos recursos
recebidos para benefício pessoal, não é crível que não tivessem
conhecimento da origem ilícita dos recursos", diz a denúncia.
O
esquema foi descoberto em novembro do ano passado, quando uma
advogada percebeu uma movimentação atípica em um processo que
acompanhava.
Sindicância
do próprio Tribunal Regional do Trabalho confirmou a fraude e o caso
foi levado à Polícia Federal. Em 19 de dezembro, foram cumpridos
mandados de prisão temporária contra quatro pessoas, entre elas
Márcia e José Ailton.
Notícia copiada na integra do site FOLHA
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