Cotado
como um dos pré-candidatos do PSDB para o cargo de prefeito, Elvis
negou as denúncias, veiculadas originalmente em reportagem da Rede
Record, exibida na segunda-feira, 19. À Folha de Alphaville, o
vereador disse que a festa, realizada no dia anterior, “não teve e
nunca terá qualquer viés político”, inclusive porque essa foi a
16ª edição. Ele chegou a contratar carros de som para circular a
mensagem que convidava a população para fazer o cadastro. Segundo a
lógica argumentativa de Elvis, se o objetivo fosse eleitoral, ele
teria feito uma festa para os pais, e não para as crianças.
“O
cadastro com o título de eleitor é só uma forma de organização.
Se um dia eu deixar de ser político, essa festa vai persistir, pois
ela é uma recompensa social feita pela minha família, que teve
origem muito pobre”, alegou. “Hoje, a gente consegue fazer um
mínimo para quem mais precisa, e não é só para quem mais precisa:
é para quem quiser”, continuou.
Apesar
desse argumento, ele explicou que a comprovação do domicílio
eleitoral tinha o objetivo de impedir a participação dos moradores
de Barueri, já que a região atendida é próxima da divisa com a
cidade. “Fiz isso porque nossa capacidade financeira não é
grande: a nossa realidade é trabalhadora”, afirmou.
O
tucano disse também que “políticos de grande envergadura na
cidade” estão por trás da denúncia feita pela Rede Record. Ele
acredita que a base governista se mobilizou para desmoralizá-lo, já
que ele é o único oposicionista da Casa. Além disso, ele comentou
que “com certeza existe relação” entre a denúncia e a confusão
que ele protagonizou na Câmara Municipal, no dia 8 deste mês,
durante a votação do reajuste de IPTU.
Elvis
argumentou ainda que seu desejo é ver os colegas do Legislativo
promoverem “uma festa semelhante, para ajudar aqueles que não
tiveram a oportunidade de fazer o Natal”, mas, segundo ele, os
demais não são engajados. “Deus tem caminhado em minha vida,
irmão. Vou de frente com o sistema. Se eu fosse corrupto e tivesse
interesse no dinheiro, eu já teria abraçado todas as propostas que
me fazem. Isso aí, para mim, é insignificante”, finalizou.
Presidente
da Câmara vê irregularidades
O
presidente da Câmara de Santana de Parnaíba, Régis Salles (PMDB),
disse à Folha de Alphaville, que o caso é de flagrante
irregularidade e rebateu as acusações de que a denúncia foi
articulada por governistas.
“Eu
não sei se eu rio ou se eu pago um tratamento para o Elvis”,
disparou o peemedebista. “A gente já tinha orientado ele desde
2009, até porque ele solta um panfleto pedindo para as pessoas se
cadastrarem. Tomei um baita susto com a reportagem e acho que isso
suja a imagem dos políticos da cidade”, ponderou. Ele taxou a
exigência do título de eleitor como “um absurdo” e ressaltou
que não há defesa plausível para rebater as imagens capturadas
pela Record.
Para
Régis, a atribuição de culpa à base governista e a forma como
Elvis encara o problema refletem “um desespero muito grande pelo
poder”. “Ele já não está mais medindo o que pode e o que não
pode: faz qualquer coisa, acha que está acima de tudo”, criticou.
Ele
acredita que o caso não é de quebra do decoro parlamentar –
o que poderia motivar a abertura de um processo de cassação. Porém,
ele pretende consultar o Jurídico da Câmara.
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Esta notícia foi integralmente copiada do site FOLHA DE ALPHAVILE
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